Muito prazer, sou Carla Simone Doyle Torres. Você me escuta e/ou assiste em dois programas na TV Diário e Rádio CDN: Companhia CDN, aos sábados e aos domingos, e Jogo de Cintura, de segunda a sexta-feira, onde eu assino com o sucinto “Carla Torres”. Mas hoje eu quero contar um pouco de mim, para além – e antes – de jornalista, produtora e apresentadora no Grupo Diário
Cacá, Carlita, Carlotita, Mademoiselle Des Tours, Madame Si. Sou muitas e muitos… E quem gosta das boas referências neste ofício de narrar a vida das gentes, que é o jornalismo, ou sabe do que é bom na literatura de modo geral, percebeu que eu trago Gabriel García Márquez já no título desta coluna. Longe de mim qualquer comparação, até porque me parece fazer parte da essência da vida a busca de nossos próprios propósitos, mas as referências são os tijolos de nossa casa como pessoas, e devemos trazê-las conosco. E, claro, não fico nele. Minha alma é também feita de uma “metamorfose ambulante” à lá Raul, de rimas pesadas de reflexão numa pegada Emicida, de cutucadas apimentadas numa vibe Elis Regina, e também traz a leveza contemplativa no estilo Mário Quintana. Eu sou muita coisa, gosto de muita coisa e francamente gostaria que o dia tivesse umas 30 horas para eu poder estudar, planejar e realizar tudo o que quero.
Decidi cedo que queria trabalhar com as histórias do cotidiano. Aos dez anos, em 1993, eu escrevia uma cartinha, muito convicta, ao Jornal do Almoço.
Queria participar da edição especial do dia das crianças, e minha referência era a jornalista Tanira Lebedeff. Justifiquei minha preferência por ela porque “quando Tanira erra, corrige e segue adiante muito tranquila e precisamos ser assim na vida” (palavras daquela longínqua cartinha). Fui uma das crianças escolhidas, gravei o programa, conheci minha referência, e passei uma tarde já fazendo o que viria a repetir muitas vezes na vida: entrevistei todo mundo por lá, afinal, ansiosa que sou, eu tinha que saber bem antes de me decidir. Em uma ainda curta vida, transitei e transito pela literatura, pelo teatro, pela música, pelo jornalismo em TV e rádio (carinho especial pelo período na Itapema FM, entre 2007 e 2010), pela docência universitária, pela pesquisa acadêmica…
Com um perfil eclético assim, não me surpreendeu o convite da diretora de Jornalismo do Diário, Fabiana Sparremberger, em meados de maio de 2021, para que eu conduzisse o Jogo de Cintura, na TV Diário e na então nascente CDN. “Tenho um programa que é a tua cara!”, disse-me ela. De fato, Jogo é sobre tudo aquilo que nos exige bastante presença de espírito, rapidez de raciocínio, capacidade de diálogo, consciência de nossos limites e também das nossas potencialidades. Nas “sinucas” da vida é que a gente se descobre, não é mesmo?! Pois é só disso que o programa é feito de segunda a sexta-feira. Eu que lute!
Também de Fabiana, junto ao editor-chefe do Diário e atualmente coordenador da Rádio CDN, Pedro Pavan, partiu o convite para produzir e apresentar o Companhia CDN, o mais longo programa da rádio CDN, com edições de 1h30min nos sábados e de 3 horas nos domingos. O programa assumiu um perfil de radiorrevista, com “informação na medida certa para o seu fim de semana”, como diz o slogan, e também com muita alma, muito cuidado desta eterna aprendiz. Jornalismo é sobre gente, então é fundamental ouvir as pessoas. Daí meu amor eterno pelas entrevistas, que você acompanha a cada fim de semana pela 93.5 FM.
É de família o “costume” de viver muito, então, é provável que eu chegue perto dos 100. Até lá, pretendo seguir me pautando pelo que nos conduz a ser melhores, e, como diz Gabriel García Márquez, no livro Viver para contar, “a vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la”. Que esta vida me conserve os olhos e os ouvidos bem atentos, para que eu possa ajudar a contá-la por muito tempo.
Você me encontra pelo perfl @carladoyletorres no Instagram. Vou adorar receber suas sugestões de pauta e impressões sobre o que venho fazendo.
Grande abraço!
Carla TorresSou Carla Simone Doyle Torres, tenho 39 anos, sou gateira e cachorreira. Falo muito, mas escuto e observo mais ainda. Natural de Porto Alegre, sou jornalista e mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e doutora em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com estágio doutoral na Sorbonne-Nouvelle/ Paris 3. Atualmente curso MBA em Marketing Digital. Como pesquisadora, atuo no Laboratório de Investigação em Imagem, Cinema, Foto, Vídeo e Design (UFSM). Sou consultora em pesquisa e mentora em comunicação e expressão oral, locutora comercial e voice artist. Atuei como professora universitária entre 2008 e 2021. No Grupo Diário, produzo e apresento os programas Jogo de Cintura e Companhia CDN. Meus primeiros passos na TV e no rádio foram na TV Campus e na Itapema FM-Santa Maria, à frente do Wake Up Itapema.
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